Desigualdade entre as cidades do Paraná caiu 25% ao longo da última década

Publicado em 20 de agosto de 2013

Gazeta do Povo

O abismo social que separa os municípios mais ricos dos mais pobres no Paraná já não é tão fundo como há dez anos. A desigualdade entre as cidades do estado caiu 25% ao longo da última década nas áreas de saúde (longevidade), educação e renda. A redução foi revelada no mês passado pelo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, formatado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do Censo de 2010.

De acordo com o estudo, a diferença atual entre a cidade com o maior e o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) no Paraná ficou em 0,277 (o índice vai de zero a um). Em 2000, essa diferença era de 0,373. Esta alteração de 96 pontos se deve à melhoria da situação das cidades que figuravam nas últimas colocações no início da década passada. Localizadas em sua grande maioria nas regiões Centro-Sul e Vale do Ribeira, elas continuam lá atrás no ranking, mas ganharam fôlego e se aproximaram das que estão na dianteira. Goioxim, município de 7,5 mil habitantes no Centro-Sul, registrou a maior evolução do estado entre 2000 e 2010, tendo aumentado o seu IDH-M em 0,195.

A queda nas disparidades entre os municípios foi puxada, principalmente, pelo desempenho em educação, que mede os índices de escolaridade e frequência escolar. Nesse quesito, a diferença entre o melhor e o pior caiu 128 pontos na década passada – uma redução de 24%. Goioxim também obteve o melhor desempenho nessa área – alta de 0,322 no IDH-M.

Em 2010, em média 90% das crianças de 5 e 6 anos estavam na escola e 89% dos jovens de 11 a 13 anos frequentavam os anos finais do ensino fundamental em todo o estado. Há dez anos, os porcentuais eram de 65% e 74%, respectivamente.

Os dados referentes à escolaridade da população adulta, porém, ainda são desanimadores. Cidades como Cerro Azul (Vale do Ribeira) e Laranjal (Centro-Sul) têm apenas 17% e 21% dos jovens entre 18 e 20 anos com ensino médio completo, respectivamente – em Maringá, esse porcentual é três vezes maior: 64%. Não à toa, a diferença entre o maior e o menor IDH-M em educação no Paraná é de 0,406 – a principal desigualdade entre as três áreas que compõem o índice (veja infográfico).

Para o diretor do Cen­­tro de Pesquisas do Insti­­tuto Paranaense de Desenvol­­vi­­mento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki Júnior, a diminuição da desigualdade entre os municípios passa, preferencialmente, por uma melhoria qualitativa na educação dos paranaenses. “O Paraná tem uma taxa de alfabetização elevada, mas a evasão no ensino médio é significativa e um número pequeno de pessoas tem acesso à universidade. E é aí que residem as grandes possibilidades de melhorias, porque as outras áreas do IDH, como longevidade e renda, devem evoluir pouco nos próximos anos”, afirma.

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