Brasileiro quer mudança, mas com petistas

Publicado em 24 de fevereiro de 2014

Folha de S.Paulo

Os brasileiros seguem desejando mudança, uma tendência captada nas pesquisas recentes do Datafolha. Agora, 67% dizem desejar que o próximo presidente adote ações diferentes da atual administração.

Desta vez, o Datafolha foi além no levantamento dos dias 19 e 20 e indagou aos entrevistados qual dos pré-candidatos a presidente estaria mais preparado para adotar as tais mudanças no jeito de governar o país.

Encabeça a lista o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontado por 28% como o melhor agente para promover mudanças no Brasil. Em segundo lugar está a atual ocupante do Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, com 19%. Ou seja, os dois petistas somam 47% das preferências.

Em seguida aparecem como aptos a operar mudanças no país Joaquim Barbosa (14%), Marina Silva (11%), Aécio Neves (10%) e Eduardo Campos (5%). Essa pergunta foi estimulada pelo Datafolha, mostrando os nomes dos políticos. Os entrevistados só podiam escolher uma das opções apresentadas.

O resultado dessa sondagem corrobora a tese segundo a qual os candidatos de oposição até o momento foram incapazes de incorporar o papel de representantes das mudanças desejadas pelo eleitorado.

Embora esse sentimento a favor de mudanças seja sempre alto, não se trata de algo homogêneo. A taxa é de 60% em cidades pequenas (até 50 mil habitantes) e sobe para 75% nas metrópoles (mais de 500 mil habitantes). No Sudeste, 71% desejam ações diferentes do próximo governo. No Nordeste, o percentual desce para 64%. No Centro-Oeste e no Norte, é de 58%.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de mudancistas vai a 70%. Na faixa dos que têm 60 anos ou mais, o percentual cai para 59%.

Eduardo Campos é o mais jovem pré-candidato a presidente, com 48 anos. Segundo o Datafolha, entre os que declaram voto no candidato do PSB, 91% pedem mudanças no próximo governo.

ECONOMIA

De novembro para cá, o Datafolha apurou que os brasileiros ficaram menos otimistas com a situação econômica pessoal. O percentual dos que acham que haverá melhora nos próximos meses caiu de 56% para 49%.
Esses 49% ficam próximos dos 47% de outubro passado, indicando que a sensação de bem-estar, natural no final do ano, dissipou-se. Esse é um fenômeno comum.

Os assalariados tendem a ficar mais otimistas quando o final do ano se aproxima, há o pagamento do 13º salário e muitos saem em férias. Quando chega janeiro, há a volta ao trabalho, o pagamento de impostos (IPTU, IPVA e outros) e o mau humor retorna sobre as perspectivas econômicas.

Essa sazonalidade também aparece quando o Datafolha pergunta a respeito do aumento do poder de compra dos salários. Para 32%, isso vai ocorrer nos próximos meses. Esse é um patamar próximo aos 30% de outubro. Em novembro, a taxa estava mais alta, em 38%.

Quem está mais otimista sobre o aumento do poder de compra dos salários são os moradores das regiões Norte e Centro-Oeste (41%). Entre os mais pessimistas sobre os salários estão os que têm ensino superior (42%) e os moradores do Sudeste (37%).

As preocupações com a inflação e o desemprego se mantiveram em patamares altos nesta pesquisa Datafolha, porém estáveis. As taxas estão inalteradas ou variando no limite da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

No caso da alta dos preços, 59% dos brasileiros acham que isso vai acontecer nos próximos meses. Essa taxa é igual à apurada em novembro passado. Ocorre que esse é o nível mais alto já registrado durante a administração de Dilma Rousseff.

No caso do desemprego, houve uma variação do percentual dentro do limite máximo da margem de erro. Hoje, 39% dos brasileiros acham que haverá mais desemprego nos próximos meses. Em novembro, a taxa era de 43%.

Enio e Lula

Vem com a gente

Lula e Dep. Federal Enio Verri

Faça parte da rede de defesa dos DIREITOS SOCIAIS e pela DEMOCRACIA.

Enviar mensagem
Vamos conversar?
Olá!
Envie sua mensagem para o deputado Enio Verri.