Negócios em função da Copa já geraram R$ 370 milhões para micro e pequenos empresários

Publicado em 28 de maio de 2014

Portal da Copa

Subir uma das rampas do Maracanã, no Rio de Janeiro, é sempre motivo de orgulho para José Luiz Munin Monteiro. Foram dois anos entregando lajes para a construção dos acessos do estádio durante a reforma para a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O produto é diferenciado, já que dispensa a montagem e a desmontagem de estruturas de apoio usadas tradicionalmente na construção civil. A facilitação do processo possibilita uma economia de tempo e dinheiro que determinou a contratação da empresa dele pelo consórcio responsável pela obra do palco da final do Mundial.

“Obras como a do Maracanã têm um prazo muito apertado para serem entregues. Qualquer ferramenta que ajude os construtores a ganhar tempo acaba tendo a preferência”, diz José Luiz, proprietário da Trelicon – Artefatos de Cimento (www.trelicon-rj.com.br), empresa sediada em Duque de Caxias (RJ). O faturamento aumentou em 30% com o fornecimento das lajes. E as oportunidades não param de surgir.

José Luiz já tinha participado da reforma do estádio para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e, desde então, o produto oferecido por ele tem sido utilizado em praticamente todas as instalações esportivas do Rio de Janeiro. A linha de BRT Transcarioca, que ligará a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galeão, é outra obra relativa à Copa que conta com as lajes da Trelicon. O empresário faz questão de lembrar também que fez todo o piso ao redor do Maracanã, além dos trechos com relevos destinados aos deficientes, que servem como orientação, e ainda as golas de cimento em volta das árvores.

“Poderia ter pego até mais obras do Maracanã, mas preferi reconhecer meu limite para não ter problema de queimar o filme lá na frente. Era um valor muito alto de dinheiro. Como eu sou pequeno, não foi possível. Fiz uma obra, me chamaram para outras, agora já estou fornecendo para a Vila dos Atletas e devo fornecer para o Parque Olímpico, obras da Olimpíada de 2016. O pessoal gosta e acaba indicando. Se trabalha bem, trabalha de novo”, ressalta o empresário.

Apoio

José Luiz contou com consultoria gratuita do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Por todo o país, empreendedores comemoram os ganhos com oportunidades que surgiram em função da Copa: até abril de 2014, mais de R$ 370 milhões foram gerados para micro e pequenas empresas em rodadas de negócios e em outras transações realizadas com intermédio do Sebrae.

Em 2011, o Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mapeou quase 930 oportunidades de negócios nas 12 cidades-sede do Mundial em segmentos como turismo, economia criativa, comércio varejista, serviços, artesanato, construção civil, madeira e móveis, agronegócios, tecnologia da informação e comunicação, e moda (têxtil e confecções, couro e calçados, gemas e joias). A partir de então, uma série de iniciativas foi colocada em prática para a capacitação dos empresários, com foco no Mundial.

“Os empreendedores passaram por cursos, palestras e seminários, além de participar em rodadas de negócios que aproximam micro e pequenas empresas de potenciais compradores. No portal do Programa Sebrae 2014, também é possível acessar a Central de Oportunidades, que promove a interlocução entre fornecedores e compradores para facilitar o fechamento de acordos comerciais, além de orientar os empresários a conseguirem o licenciamento para fabricação e comercialização dos produtos oficiais”, explica o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.

Internacionalização

De olho nas oportunidades de construção civil, o empresário baiano Raymundo Dórea iniciou um planejamento estratégico em 2008, pouco depois da confirmação do Brasil como sede da Copa. “Nós participamos de cinco ou seis rodadas [de negócios] aqui na Bahia, com a Fundação Getúlio Vargas, e depois nós recebemos esse dossiê em que estava tipificado que a construção civil seria uma grande oportunidade para as pequenas empresas”, diz Raymundo.

A regional baiana do Sebrae também intermediou missões para França, Alemanha e África do Sul, quando o engenheiro conheceu a estrutura de estádios que receberam as últimas Copas. Resultado: a empresa de Raymundo, a Engpiso (www.engpiso.com.br), foi responsável pela instalação de pisos e revestimentos industriais na Arena Fonte Nova, em Salvador, e na Arena Pernambuco, na região metropolitana do Recife, além de fornecer a estrutura montada para o sorteio final do Mundial, na Costa do Sauípe (BA), em dezembro de 2013.

O volume de caixa gerado a partir das obras da Copa permitiu à Engpiso investir em inovação e internacionalização. “Hoje a nossa marca tem uma valoração muito maior, em função do porte da responsabilidade que foi a execução desses três empreendimentos”, comemora o engenheiro.

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