Publicado em 13 de novembro de 2014
Blog do Planalto
O lucro do Sistema Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (Sistema BNDES) atingiu R$ 7,399 bilhões nos primeiros nove meses de 2014, valor 51,4% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, de R$ 4,886 bilhões, informou a instituição nesta terça-feira (11).
O resultado é o segundo melhor da história do banco em nove meses (o primeiro foi R$ 7,866 bilhões, em 2011) e foi impulsionado pelo crescimento de 130,6% no resultado com participações societárias, que passou de R$ 1,849 bilhão, em 2013, para R$ 4,264 bilhões em igual período de 2014. Além disso, o resultado com intermediação financeira aumentou 26,6%, para R$ 9,303 bilhões.
Inadimplência se mantém baixa
A inadimplência permaneceu em 0,07% da carteira total, nível extremamente baixo, com destaque para a boa qualidade dos financiamentos do BNDES, com 99,8% dos créditos classificados entre os níveis de risco AA e C. Comparativamente, essa proporção é de 93,1% para o conjunto do Sistema Financeiro Nacional.
Os demais indicadores no período também foram muito positivos. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio do sistema BNDES alcançou 11,82%, acima dos 10,15% do mesmo período de 2013; e o índice de Basileia foi de 17,5%, situação confortável diante dos 11,0% exigidos pelo Banco Central.
A alta do resultado com participações societárias, em sua maioria oriundo da BNDESPAR, foi decorrente basicamente de três fatores: aumento de 23,6% da receita com dividendos e juros sobre capital próprio, que saiu de R$ 2,198 bilhões entre janeiro e setembro de 2013 para R$ 2,716 bilhões em 2014; melhora do resultado com derivativos de renda variável, que passou de um resultado negativo de R$ 61 milhões em nove meses de 2013 para um resultado positivo de R$ 896 milhões em 2014; e redução de R$ 652 milhões na despesa com provisão para perdas em investimentos.
O resultado de intermediação financeira saiu de R$ 7,346 bilhões nos nove primeiros meses de 2013 para R$ 9,303 bilhões no mesmo período de 2014. O bom desempenho foi consequência do crescimento da carteira de crédito e repasses e da gestão dos recursos de tesouraria.