Publicado em 21 de novembro de 2014
G1 PR
Quatro escolas estaduais da região norte do Paraná terão as atividades encerradas em 2015. De acordo com o Núcleo Regional de Educação, a decisão foi tomada devido ao baixo número de alunos nestes colégios. Em Alvorada do Sul, será fechado o Colégio Anastácio Cerezini. Já em Cambé são duas escolas, Colégio São José e Colégio São João de Santa. Em Londrina, as três turmas do Colégio Estadual Eucaliptos serão encerradas.
A decisão tem preocupado pais e alunos. José Bispo dos Santos, não sabe como os filhos vão para a escola no próximo ano. Eles estudam à noite no Colégio Estadual Eucaliptos e com o encerramento das atividades vão ter que ir para outro local. “Eu fui pego de surpresa. Vim fazer a matrícula do meu filho e tive a notícia de que o colégio vai fechar. Nos outros colégios em que eu já fui, só tem vaga durante o dia”, explicou José.
Segundo a direção do colégio, a queda na procura de matrículas foi o que motivou o fechamento das turmas. A escola começou o ano com 110 alunos, mas agora são apenas 50. A diretora culpa as famílias por tantas desistências. “Se um pai tivesse o compromisso de matricular e depois ele mesmo de acompanhar o filho, a gente não teria esse problema que estamos passando agora”, explicou a diretora Eucleres Tristão.
Para o Núcleo Regional de Educação, é inviável manter colégios com baixo número de alunos. Não compensaria pagar as despesas com água, luz e funcionários. “Um turno com 25 alunos tem a estrutura de direção e secretaria de uma escola com mil alunos. A gente tem que pensar nos custos. Está provado que trabalhar assim é desestimulante”, explica Lúcia Cortez, chefe do Núcleo Regional de Educação.
Os alunos sugeriram que fosse feito ao menos um cadastro de matrículas na escola para 2015. Porém, o núcleo descartou a possibilidade. O problema é que a mudança de escola pode significar o fim dos estudos de alguns alunos.
“Eu trabalho na creche e lá se eu não tiver estudo, serei mandada embora. Dei graças a Deus que tinha um colégio aqui perto. Se eu for pra outro colégio, não terei condições. É parar de estudar e ficar desempregada”, lamenta Nilsa Alves