Combate à corrupção é marca dos governos do PT

Publicado em 22 de julho de 2015

PT

O número de operações da Polícia Federal (PF) aumentou consideravelmente desde que a gestão PT assumiu o governo federal, em 2003, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Somente nos últimos três anos, foram 783 operações, segundo estatísticas do Departamento da Polícia Federal.

Entre 2003 e maio e 2014, a PF realizou 2.226 operações, em comparação com 48 realizadas durante os oito anos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Além do trabalho da PF, o governo petista garantiu autonomia ao Ministério Público e fortaleceu os órgãos de fiscalização, como a Controladoria-Geral da União, criada em 2003 e o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (COAF), que tem o papel de monitorar movimentações atípicas que possam caracterizar lavagem de dinheiro ou corrupção e enriquecimento ilícito de agentes públicos.

Pelo Twitter, nesta segunda-feira (20), o ministro da Defesa, Jaques Wagner afirmou que “nenhum governo antes de @LulapeloBrasil e @dilmabr deu tanta autonomia às instituições para que elas investigassem e punissem”, disse.

Independentemente dos políticos envolvidos em corrupção, o PT é uma sigla a favor do combate à corrupção. Em maio deste ano, durante propaganda partidária, o presidente Nacional do partido, Rui Falcão, defendeu que qualquer petista responsabilizado por malfeitos e ilegalidades, seja expulso da legenda.

“O PT não aceita que alguns setores da mídia queiram criminalizar todo o partido por erros graves de alguns filiados”, destacou.

Acabar com a corrupção no país é um desafio para a sigla e para o mundo. De acordo com um estudo feito pela ONG Transparência Internacional, “todos os países enfrentam ameaça da corrupção em todos os níveis de governo”, disse na época da pesquisa o presidente da organização, Huguette Labelle.

O Brasil ocupa atualmente a 69ª posição dos países mais corruptos do mundo, está atrás de países como Chile, Uruguai, de acordo com a pesquisa da ONG Transparência Internacional feita em 2014. O estudo avaliou 175 países e territórios. A mesma pesquisa feita em 2013 registrava posição 72ª ao país brasileiro.

Cobertura midiática – O cientista político, Luciano Dias, destacou que no Brasil as instituições e órgãos de fiscalização do país foram estabelecidos pela Constituição, e que nos últimos anos, o trabalho da PF tem aparecido mais porque a mídia tem noticiado frequentemente os fatos de corrupção. Além disso, ele destaca que no governo Lula a imprensa passou a cobrir mais as denúncias de corrupção no país.

“Antes do Lula entrar no poder, não havia no sistema político brasileiro competição. O PT era a oposição do governo, mas assumiu, então foi necessário criar uma disputa política. Os escândalos de corrupção e o processo de fiscalização do Estado facilitam essa competição”, disse.

Os ataques ao governo, quando há investigação de corrupção ocorrendo no país, são uma consequência que os chefes de Estado acabam enfrentando, avalia o cientista político João Paulo Peixoto.

“Como o PT é governo acaba sendo o alvo da mídia”, ressalta.

Peixoto destaca que as “investigações no país contra a corrupção sempre existiram”, mas passou a ter visibilidade por parte da mídia nos últimos anos, diferentemente dos anos anteriores a gestão PT.

“O que era feito de uma maneira discreta, teve maior visibilidade por parte da mídia que passou a divulgar mais em virtude da expansão dos veículos de comunicação”, afirma.

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