Vulnerabilidade social no País recua 27% em 10 anos, revela Ipea

Publicado em 2 de setembro de 2015

PT

O mapa da vulnerabilidade das cidades brasileiras mudou muito na primeira década do século. E para melhor. Entre 2000 e 2010, houve uma queda de 45,12% no número de municípios com alta e altíssima vulnerabilidade e aumento de mais de três vezes e meia daqueles com baixa ou baixíssima vulnerabilidade.

É o que mostra o Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, divulgado nesta terça-feira (1º), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão ligado ao Ministério do Planejamento.

No total, a vulnerabilidade social entre os 5.565 municípios brasileiros caiu 27% no período. Com isso, o País passou da faixa de alta vulnerabilidade social para a faixa de média vulnerabilidade social.

De acordo com a publicação, o número de cidades com alta ou muito alta vulnerabilidade social caiu de 3.610 no ano 2000 para 1.981 em 2010. Já o de municípios com baixa ou muito baixa vulnerabilidade social passou de 638 para 2.326 no mesmo período, o que representa um aumento de 264,57%.

A evolução foi mais nítida em alguns estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, com destaque para Tocantins, o sul da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e leste de Pernambuco, além da faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul.

A medida é dada pelo Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), que no período analisado recuou de 0,446 para 0,326. O IVS varia entre ’0′ e ’1′. Quanto mais próximo a ’1′, maior é a vulnerabilidade social de um território. Quanto mais próximo de ’0′, menor.

O IVS é apurado em três dimensões da vida nas cidades: infraestrutura urbana, capital humano, renda e trabalho.

A dimensão do IVS em que o país apresentou maior redução é a de renda e trabalho. Todos os cinco indicadores desta dimensão tiveram melhoria entre 2000 e 2010, refletindo a redução da informalidade, a redução do trabalho infantil e o aumento da ocupação.

Avanços também foram observados nos indicadores que medem o percentual de pessoas de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (52% de queda) e a mortalidade até 1 ano de idade (45% de queda), expressando, claramente, avanços resultantes de políticas sociais implementadas de 2000 a 2010.

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