Publicado em 16 de novembro de 2015
A pobreza extrema no Brasil caiu a 2,8% da população em 2014, segundo análise dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa atual é quase a terça parte do percentual da população que vivia nessa condição em 2004, no início do Programa Bolsa Família.
No período de dez anos, a queda da extrema pobreza foi mais acentuada entre crianças de até 5 anos de idade, justamente onde era mais alta. O percentual caiu de mais de 14% para cerca de 5% da população na faixa etária da primeira infância, definida como prioridade nas ações do plano Brasil Sem Miséria.
São consideradas extremamente pobres as pessoas com renda mensal de até R$ 77, linha oficial do Bolsa Família fixada com base na referência das Nações Unidas para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e também válida para os novos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
A taxa de pobreza no País também manteve a tendência de queda no País. Em 2014, alcançou 7,3% da população, o que representa uma queda de quase 70% em relação a 2004.
Os avanços sociais registrados em 2014, último ano do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, também aparecem na melhor distribuição da renda no Brasil, medida pelo índice de Gini.
Considerado o conjunto dos rendimentos dos domicílios, esse indicador caiu abaixo de 0,5 pela primeira vez no Brasil. O índice varia de 0 a 1 e reflete maior igualdade quanto mais próximo de zero.
O crescimento do rendimento médio dos domicílios foi importante para a queda da desigualdade de renda, ainda que esse crescimento tenha se dado em ritmo menor do que o medido nas duas pesquisas anteriores do IBGE.
Uma análise do rendimento médio mensal por pessoa feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) mostra que a renda cresceu em todas as faixas de renda da população.
Em média, o rendimento domiciliar per capita cresceu 2,4%. A parcela dos 10% mais pobres da população registrou o maior aumento, de 6,2%, quase três vezes a variação da renda dos 10% mais ricos.