Publicado em 25 de janeiro de 2016
Rogério Tomaz Jr.
Considerando os países do G20 e da América Latina, o Brasil fechou 2015 na 7ª posição em volume de reservas internacionais, com um total de US$ 356,5 bilhões. À frente do Brasil figuram apenas China, Arábia Saudita, Japão, Suíça, Rússia e Coreia do Sul, conforme mostra o portal Trading Economics. As reservas internacionais são um importante indicador da capacidade do país para resistir a ataques especulativos.
Além disso, os recursos das reservas internacionais podem ser utilizados para combater a inflação e amenizar outros efeitos de crises econômicas, como a atual. A presidenta Dilma Rousseff considera a opção “uma hipótese” a ser analisada.
Histórico – Em 2002, o Brasil possuía apenas US$ 37 bilhões de reservas, cerca de 10% do que possui hoje. O aumento exponencial é resultado de uma orientação estratégica iniciada no governo Lula e continuada pelo governo Dilma Rousseff, com o objetivo de proteger a economia brasileira diante de recorrentes turbulências do cenário internacional.
Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), em três ocasiões o Brasil foi “passar o pires” junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e a outros órgãos multilaterais de financiamento. A escassez de reservas foi um dos fatores que levou o País a se prostrar diante da banca financeira internacional. Boa parte dos montantes emprestados ao Brasil, aliás, serviram exatamente para recompor as nossas reservas internacionais.
O primeiro empréstimo veio em 1998, no esteio da crise da Rússia. O valor acertado, US$ 41,5 bilhões, foi o maior aporte para um País na história do FMI até então. O segundo pacote ocorreu em setembro de 2001 e o montante foi de US$ 15,6 bilhões. Em junho do ano seguinte, o terceiro acordo, no valor de US$ 10 bilhões.