Verri diz que Richa deve explicações sobre mortes de sem-terra

Publicado em 9 de abril de 2016

Uma ação da Polícia Militar Ambiental do Paraná em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) deixou ao menos duas pessoas mortas em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná. Além disso, a Polícia Militar (PM) reconhece que seis pessoas ficaram feridas, mas o MST afirma que 22 integrantes do movimento foram atingidos por disparos de arma de fogo. O confronto ocorreu na quinta-feira (7), numa área conhecida como acampamento Tomás Balduíno.

Representantes dos acampados denunciam que o que ocorreu foi uma verdadeira emboscada. Seguranças e jagunços ligados à empresa Araupel, dona da área onde estão os trabalhadores rurais, teriam contado com a ajuda da Polícia Militar para agir em área que não é parte do acampamento, mas ainda assim, dentro do território ocupado.

A versão da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), divulgada pela imprensa local, é de que a equipe da Ronda Tática Motorizada (Rotam) estaria em uma área chamada Fazendinha verificando um foco de incêndio. Ao se deslocar para o local, os policiais teriam sido interceptados “por mais de 20” integrantes do MST. Os líderes sem-terra, porém, refutam essa versão, afirmando que foram os trabalhadores as vítimas de uma emboscada.

Em sua página no facebook, o deputado Enio Verri (PT-PR) manifestou o seu “mais veemente e indignado repúdio ao ataque a trabalhadores rurais” do acampamento Dom Tomás Balduíno, na região de Quedas do Iguaçu.

“ Solidarizo-me com as famílias das vítimas e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais. Há mais de 30 anos, o MST verte sangue de suas fileiras na luta pela atrasada reforma agrária brasileira, dentro de uma estrutura política rural feudal. O governador Beto Richa, por meio da Secretaria de Segurança do estado, subordinada a ele, deve explicações à sociedade. Eu me somo a todas as entidades ligadas à defesa dos Direitos Humanos e da Justiça para fiscalizar e cobrar rigorosa apuração do ato”, disse.

O acampamento Tomás Balduíno, localizado em uma área pertencente a empresa Araupel, está organizado com 1.500 famílias, cerca de sete mil pessoas. Os trabalhadores sem Terra do local sofrem com constantes ameaças por parte de seguranças e pistoleiros da empresa.

Este cenário reflete parte do clima de tensão que nasce na luta pelo acesso à terra e contra a grilagem na região. O conflito tem relação com o surgimento de dois acampamentos do MST na região centro-sul do Paraná, construídos nas áreas em que funcionam as atividades da empresa exportadora de pinus e eucalipto.

PT na Câmara com informações da agencia PT no senado

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