Publicado em 26 de abril de 2016
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, sediou, na segunda-feira (25), reunião entre a bancada dos deputados federais e importantes movimentos sociais, como: Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na pauta, a conjuntura nacional e encaminhamentos de tarefas para barrar o golpe.
Segundo o deputado Enio Verri (PR), os movimentos sociais e os parlamentares estão mobilizados e entrosados nas tarefas agendadas em todo o País. Ele informou que a UNE está convocando uma greve, para o dia 28 de abril, com manifestações nas principais universidades brasileiras. Da mesma forma, MST e MTST mobilizam seus militantes em todo o País e a CUT está discutindo a articulando uma greve geral.
“Dentro desse cenário, cabe aos parlamentares do PT denunciar, dia e noite, o golpe que ocorreu na Câmara e não pode se completar no Senado”, afirma o deputado.
No Paraná, o primeiro ato contra o processo de cassação da presidenta Dilma Rousseff é puxado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), APP-Sindicato, CUT e a bancada dos parlamentares do PT. A mobilização será no dia 29 de abril, quando é marcado o primeiro ano do inesquecível massacre contra professores que se manifestavam por legítimos direitos. De acordo com Verri, o massacre foi ordenado pelo governador Beto Richa (PSDB) e executado pelo então secretário de segurança do estado, Fernando Francischini (SD).
“Será um evento de caráter nacional, quando estarão presentes toda a nossa bancada e os setores dos movimentos sociais do Brasil. Foi um massacre. É a aliança PSDB e SD contra os servidores públicos”, afirmou o deputado.
De acordo com Verri, a Câmara não julga, apenas de delibera a admissibilidade, ou não, ficando com o Senado a prerrogativa do julgamento de ter havido, ou não, crime de responsabilidade praticado por Dilma. Segundo o deputado, o PT, os aliados, PCdoB, PDT e PSOL, junto com os movimentos sociais organizados pressionarão os 21 senadores para observarem a insustentabilidade das duas acusações da peça. A edição de decretos de créditos suplementares e pedaladas fiscais.
“Quem tem o papel de juiz do processo de impeachment não é a Câmara, mas o Senado. A ideia é pressionar os 21 membros do Senado e seus 21 suplentes para que não acatem a decisão da Câmara e a presidenta se mantenha, por direito político e legal, como presidente da república”.