Publicado em 29 de abril de 2017
A Minoria da Câmara dos Deputados realizará o Debate: MP, a Mídia e o Poder, “a reforma da Previdência”, com a presença do jornalista Bob Fernandes. O evento será no dia 02 de maio, no auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, das 14:00h às 17:00h.
O debate foi organizado pela Confederação Nacional das Carreiras Típicas de Estado (CONACATE), a Federação Brasileira de Sindicatos das Carreiras da Administração Tributária da União, dos Estados e do DF (Febrafisco); a Pública – Central do Servidor; o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, de Minas Gerais (Sindifisco/MG); o Sindicato dos Analistas-Tributários das Receita Federal do Brasil (Sindireceita) e conta com o apoio do vice-líder da Minoria, Enio Verri (PT/PR).
De acordo com o deputado, ao contrário do grupo que tomou o governo de assalto, o campo da esquerda é o que tem proposto o maior número de debates, a fim de contribuir para a formação da opinião pública acerca das duras medidas apresentadas como reformas. Na verdade, retiram direitos básicos dos mais pobres e desmantela as estruturas do contrato de um estado de bem-estar social.
“Para se manter onde está, Temer deve aprovar medidas ultraliberalizantes, de redução total do Estado como interventor e indutor do desenvolvimento. O desmonte é completo, desde o fim do setor de petróleo e gás, à extinção da Previdência e de condições minimamente dignas de trabalho”.
Para Enio Verri, os grandes veículos de comunicação não deixam dúvidas de quem têm lado. Faltam com a ética quando funcionam como caixa de ressonância das políticas emanadas por um Palácio do Planalto sem voto. Nesse sentido, desinformam a população ao não tratar com seriedade todos os aspectos que envolvem a Previdência, como, por exemplo, a imprecisão dos dados técnicos que substanciam as projeções das condições previdenciárias, para 2060, entre outros.
“O debate sobre a reforma da Previdência, bem como o da trabalhista, não tem sido feito com equilíbrio pela imprensa hegemônica. Certos veículos se comportam mais como assessoria de imprensa do Palácio do Planalto e defendem abertamente a reforma, sem considerar o superávit previdenciário e os mais de 45% do Orçamento da União consumidos em juros para banqueiros”.
A Greve do dia 28 demonstra que essa imprensa está nua, diante da opinião pública, segundo Enio Verri. De acordo com ele, o que os grandes veículos de comunicação não disseram sobre os ceca de 40 milhões de brasileiros e brasileiras que cruzaram os braços contra as medidas de um governo sem legitimidade, foi amplamente informado pelas redes sociais.
“A imprensa pode até fingir que não aconteceu, mas a população está informada e indignada. Ela ão se vê nessa imprensa, nem como um arruaceiro e vagabundo e nem como manifestante em defesa do direito de se aposentar e de trabalhar com dignidade. Isso mostra que a hegemonia já não é tão grande, pelo motivo mais delicado da sua manutenção como formadora de opinião pública, a falta de credibilidade”.