Publicado em 14 de julho de 2017
O governo de Beto Richa é pautado por tarifaços e injustiças sociais típicas de um administrador comprometido com o mercado financeiro. Em junho, Richa reajustou a tarifa de água, segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), em 8,53%. Não satisfeito com o reajuste para toda a população, o governador dos ricos prejudicou ainda mais os pobres, diminuiu o volume de água que dá direito à tarifa social, cortando passando de 10 m³ para 5m³.
O reajuste da tarifa rendeu ao governo uma notificação do Procon. De acordo com o órgão, o reajuste geral não foi de 8,53%, mas sim de 14%. Já quem pagava R$ 33,74 pelo consumo de até 10m³, passará a pagar R$ 32,90 pelo consumo de 5m³. Dessa forma, mais de 1,6 milhão de famílias consumidoras da tarifa social sofreu um reajuste de 12,5% na tarifa de água.
De 2011 a 2017, a tarifa de água já foi reajustada em 124%, quando a inflação do período foi de 48%. O objetivo do reajuste não teve outro motivo senão o de aumentar o lucro dos acionistas da empresa na bolsa de valores. Em dezembro de 2016, 80% das ações da Sanepar postas à venda foram adquiridas por empresas de capital estrangeiro, cujo único interesse no País é lucrar e remeter para o exterior.
Essa é a administração do tucano Beto Richa, para quem a população mais pobre, ainda mais em meio à grande recessão em que o País está imerso, deve pagar a conta para satisfazer os acionistas da Sanepar. O Brasil é um país privilegiado pela abundância desse recurso natural, em sua maior parte. De olho nas potencialidades de ganhos com a água, o mercado financeiro se alia a partidos políticos, como o PSDB, prosélitos do Estado Mínimo, que não se pejam de entregar tudo de mão beijada ao capital privado.
