Oposição se une contra Reforma da Previdência do governo Bolsonaro

Publicado em 26 de março de 2019

Na manhã desta terça-feira (26), os partidos de Oposição estiveram reunidos para divulgar nota sobre a proposta de Reforma da Previdência de Bolsonaro, a PEC 06/2019. A líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), e o líder da Oposição, Alexandre Molon (PSB-RJ), destacaram a unidade dos partidos para combater a proposta de Jair Bolsonaro, que praticamente inviabiliza a aposentadoria para a maioria esmagadora da população brasileira. Os partidos que assinam o documento (em anexo) são PT, PDT, PCdoB, PSB, PSOL e Rede.

Na nota, os partidos de Oposição garantem que caminharão unidos contra a reforma. “Pela unidade na luta pela rejeição da PEC nº 6/2019, desde o primeiro estágio de sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania”, afirmam em nota. Os signatários do texto ainda querem uma “Previdência justa e segura”, e uma “política capaz de fomentar a criação de empregos decentes e o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo”.

Durante a reunião, a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), defendeu a unidade dos partidos e dos movimentos sociais em defesa do povo brasileiro. Conforme Gleisi, a Reforma da Previdência de Bolsonaro visa a destruição do Estado de Direito no País. “A seguridade social é um dos capítulos mais importantes da Constituição e querem acabar com esse capítulo. A reforma também não combate privilégios, mas, sim, leva a população ao empobrecimento, ao desemprego”. Gleisi alerta que, se a reforma prosperar, “o Brasil vai empobrecer ainda mais”.

Já o líder da Bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), destaca a demonstração de unidade dos partidos de Oposição neste momento delicado que o País vive. “Esse é um gesto político de profunda importância, que terá repercussões positivas, pois demonstramos claramente à sociedade a capacidade real de articulação política que temos no Congresso Nacional e também a mobilização da sociedade para ajudar a derrotar essa proposta, que chamo de tentativa de destruição da Previdência pública no Brasil”, argumenta Pimenta.

Guedes fujão

Para o líder petista, a não vinda do ministro Paulo Guedes (Economia) à Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara, lembra que tal qual Jair Bolsonaro fugia dos debates nas eleições de 2018, Guedes também correu da raia de seu compromisso na CCJC. “Paulo Guedes sabia que não teria argumentos para convencer sobre a proposta da reforma, por isso fugiu também. Ele não teria como se contrapor sobre as denúncias do verdadeiro caráter dessa reforma, que retira direitos”, denuncia Paulo Pimenta.

O líder afirma que não adianta o governo pensar que vai dividir a Oposição retirando itens da reforma, pois todo o projeto é péssimo. “Nosso objetivo é enterrar esse projeto”, enfatiza Pimenta.

Ampliar oposição à reforma

O líder da Minoria no Congresso, Carlos Zarattini (PT-SP), sugeriu que além de assinaram a nota divulgada hoje (26), os partidos de Oposição precisam ir mais longe e trazer para essa frente “parlamentares de outros partidos para barrarmos a Reforma da Previdência”. Na avaliação de Zarattini, a PEC “não apenas esfola o povo brasileiro, mas ela traz regras que significam aumentar o tempo de trabalho e reduzir o valor de aposentadorias e pensões”. Segundo o líder da Minoria no Congresso, a proposta pretende roubar a poupança pública brasileira, de cerca de R$ 800 bilhões, valor que pode ser destinado aos banqueiros, que faria a gestão desse fundo privado. “Precisamos denunciar esse roubo que se faz com povo brasileiro”, recomenda Zarattini.

A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali, avisa que a oposição fará um “movimento cívico-nacional para derrotar a Reforma da Previdência”. E Feghali também avisou que Paulo Guedes deverá ser convocado por não ter vindo à audiência pública na CCJC da Câmara.

Também participaram do evento os líderes Ivan Valente (PSOL); Tadeu Alencar (PSB); o vice-líder da Minoria José Guimarães (PT-CE), e o vice-líder da Oposição Henrique Fontana (PT-RS), além de o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, a representante da Rede, Joênia Wapichana, o líder do PDT, André Figueiredo (CE), Daniel Almeida, líder do PCdoB, e os deputados petistas Rogério Correia (MG), Maria do Rosário (MG), Patrus Ananias (MG) e Reginaldo Lopes (MG), também vice-líderes.

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