Guedes tergiversou

Publicado em 5 de junho de 2019

A Comissão de Finanças e Tributação realizou, na tarde de terça-feira (4), uma reunião ordinária com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi convocado para tratar dos impactos da reforma da Previdência. O deputado Enio Verri foi um dos requerentes da convocação do ministro. A reunião começou às 14:00h e passou das 19:00h. Para Verri, ficou claro que a reforma da Previdência é uma proposta sem dado técnico algum. De acordo com o deputado, Guedes tergiversou todas as vezes em que foi perguntado sobre a intenção do governo combater privilégios no RGPS, no qual mais de 70% dos rendimentos não passam de dois salários mínimos, mas que pagarão por mais de 80% do R$ 1 trilhão que o ministro quer dar aos banqueiros. Verri se declarou decepcionado e preocupado, uma vez que, segundo ele, o ministro não leva a questão a sério, como se fosse um passeio de domingo.

“A impressão que o ministro passa é a de total falta de compromisso com o País. Ele fala como um apostador de cassino de bolsa de valores. Fica claro que, para Guedes, não há seres humanos envolvidos nessa reforma, apenas a cifra mágica de um trilhão de reais para a qual nem ele, nem algum técnico do Ministério da Economia têm os dados que a legitime”, declara Enio Verri.

Ainda de acordo com o deputado, Guedes passou várias informações inverídicas, como se estivesse falando com crianças de cinco anos. Segundo Verri, o ministro afirmou que o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou outros países. É de domínio público a informação segundo a qual o banco financiou empresas brasileiras, que prestaram serviços em outros países. Ou seja, os governos do Partido dos Trabalhadores investiram na criação de empregos, recolhimento de impostos e desenvolvimento tecnológico, no Brasil. O ministro chegou a verbalizar que o dinheiro do BNDES foi parar na África, sem mencionar que o país que mais demandou esse tipo de prestação de serviços foram os EUA.

Em dado momento, de acordo com o deputado, o ministro chegou a dizer que não valeria a pena ter soberania sobre o petróleo, uma vez que, em 20, ou 30 anos, essa matriz energética será obsoleta. Para Verri, o ministro simplesmente se esqueceu de explicar as reservas de petróleo estadunidenses, para mais de 50 anos e o interesse ostensivo dos EUA de invadir a Venezuela para se apropriar dos seus 300 bilhões de petróleo. Segundo o parlamentar, é constrangedor para o Brasil a constatação de que o único compromisso do atual governo é com o mercado financeiro e que um ministro de Estado trate o parlamento com tamanha falta de respeito.

“O ministro não respondeu as perguntas principais, como a injustiça da reforma que fará os pobres pagar mais que os ricos. Também não respondeu como será o sistema de capitalização e, principalmente, ficou muito vaga a sua resposta sobre os custos de transição. A verdade é que o ministro passou mais de cinco horas numa reunião em que falou e conversou muito, mas sem apresentar respostas concretas e objetivas sobre o que nos aguarda caso essa reforma seja aprovada”, declarou Enio Verri.

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