Requerimento de Verri é aprovado e Queiroga irá explicar compra da Covaxin

Publicado em 30 de junho de 2021

O deputado Enio Verri destacou que é preciso que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se pronuncie sobre as denúncias sobre os contratos de compra da vacina indiana

Por iniciativa do deputado Enio Verri (PT-PR), a Comissão de Finanças e Tributação aprovou, nesta quarta-feira (30), um requerimento para que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, compareça ao colegiado e esclareça os processos de aquisição de vacinas e insumos para tratamento e imunização contra a Covid-19. O deputado destacou que é preciso que o ministro se pronuncie sobre as denúncias envolvendo os contratos e negociações de compra da vacina indiana, Covaxin.

A audiência ocorrerá em conjunto com as comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), e de Seguridade Social e Família (CSSF) no próximo dia 14 de julho. Por acordo com os membros dos colegiados, o requerimento de convocação – quando é obrigatória a ida do ministro às comissões – foi transformado em convite. Caso ele não compareça no dia agendado, será automaticamente convocado.

“Nós estamos vivendo hoje, um momento na saúde onde passam quinhentas mil vozes, onde você tem o Estado alegando não ter recurso nenhum, e surgem denúncias seríssimas de desvio”, criticou o deputado Enio Verri, autor do requerimento na CFF.

Verri ainda esclareceu que a sua intenção não é de chamar o ministro “para pregá-lo na parede”. O convite, segundo o deputado, ocorre porque o povo brasileiro e a comissão precisam de esclarecimentos convincentes de Marcelo Queiroga.

“Eu não estou aqui para chamar o ministro, para pregá-lo na parede, nada disso. Mas a comissão precisa ter explicações, nós estamos falando em milhões de recursos que faltam no auxílio emergencial, que faltam para agricultura familiar, sendo desviados. Pelo menos é o que a imprensa diz, e é como a CPI do Senado identificou”, afirmou Verri.

Enio Verri durante reunião da CFT, nesta quarta-feira (30)

PF e MPF vão investigar compra da Covaxin

A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar a compra da vacina Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro. Além disso, o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) também abriu uma investigação criminal sobre o contrato de compra da vacina indiana Covaxin e o Ministério da Saúde. O objetivo da investigação é apurar as suspeitas de irregularidades e corrupção no contrato entre a empresa Precisa Medicamentos e o Governo Federal. A Precisa intermediou a negociação com a farmacêutica Bharat Bionthec. O contrato previa a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin em até 70 dias após a assinatura.

Nos últimos dias, o noticiário tem divulgado indícios de irregularidades na contratação da vacina indiana. O contrato foi firmado por um valor 1.000% maior do que era anunciado pela própria fabricante seis meses antes. E ainda com preço de US$ 15 por dose, mais caros que a Pfizer e a Janssen, por US$ 10 a dose. Existe também denúncia de pedido de propina em negociações com outras farmacêuticas que devem entrar no objeto das investigações.

Com informações de PT na Câmara

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