Inflação avança e brasileiro vê preço da cesta básica, gás, luz e gasolina dispararem

Publicado em 16 de agosto de 2021

Inflação chega a 0,96% em julho e atinge 8,99% em 12 meses. Preço da conta da energia elétrica foi o que mais impactou na inflação.

O preço de itens da cesta básica, do litro da gasolina, do gás de cozinha e da conta de luz dispararam. Só em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que mede a inflação oficial do país – acelerou a alta para 0,96%, após registrar taxa de 0,53% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o índice acumulado no ano chegou a 4,76%. Em 12 meses, marca 8,99%. Os custos que mais puxaram a alta da inflação são justamente os que pesam no bolso da população mais pobre.

“Essa inflação, junto a alta de preços, mostra o quanto estamos em um período de agravamento da crise econômica, vendo o Brasil de volta ao mapa da fome, vendo preços subirem semana após semana, muito em razão da incompetência na política econômica do país. Como um pai ou uma mãe de família assalariados pode manter a compra da cesta básica, o aluguel, a conta de luz, o gás de cozinha com o custo absurdo como está? Faltou planejamento, faltou ação do governo”, destacou o economista e deputado federal Enio Verri (PT-PR).

Conforme divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o preço dos alimentos que foram mais impactados nos últimos meses são o óleo de soja, 90% mais caro; a carne bovina, com alta de 38%; e o arroz, com preço maior em 48%.

Mesmo com aumentos exorbitantes, a energia elétrica tem sido a maior vilã da inflação. Os dados mensais do IBGE apontam que o reajuste de 52% no preço da conta de luz, sendo o que mais impactou no índice da inflação.

Inflação e preço da gasolina e gás de cozinha

Com o último aumento anunciado pela Petrobras, anunciado na quinta-feira (11), o preço da gasolina já acumula nove altas no ano. De janeiro a agosto de 2021, a gasolina soma reajustes de 51% no seu valor. E chega a custar em média R$ 6, mas é vendido a R$ 7 o litro em algumas cidades brasileiras.

Os sucessivos reajustes no preço do combustível geram efeito cascata, porque impacta nos preços de todas as mercadorias, por conta do transporte, por exemplo. E os preços ao consumidor ficam muito mais caros e aprofundam ainda mais a crise social que atinge, principalmente, as famílias mais pobres, as afetadas pelo desemprego, perda de renda e pela redução dos salários.

Política de preços

Com a adoção da política de dolarização dos preços dos combustíveis, implementada após o impeachment contra Dilma Rousseff em 2016, os preços da gasolina e do diesel já atingiram os maiores níveis do ano nos postos, além dos valores do gás de cozinha que também já pesaram muito para as famílias de baixa renda.

“O que é lamentável é que a Petrobras teve um lucro de R$ 42,85 bilhões no segundo trimestre de 2021. Enquanto acionistas comemoram, o consumidor não agüenta mais. Muitos estão vendendo seus carros. Os que vivem em situação de pobreza estão deixando de usar o gás de cozinha, e correndo riscos ao cozinhar até com álcool. É triste ver o país mergulhado nessa crise e o governo agir como se estivesse tudo bem. Não está! É preciso voltar com políticas sérias de distribuição de renda e apoio a economia popular. Cortar direito trabalhista ou criar polêmica não melhora crise”, frisou Enio Verri.

A Petrobras divulgou, ainda, que irá distribuir antecipadamente a quantia de R$ 31,6 bilhões em dividendos para os seus acionistas.

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